terça-feira, 29 de setembro de 2015

Cão no hospital...pode?!

Pet terapeuta
Em março de 2015, o SHEA publicou o guideline abaixo:










Apesar de ser não ser um manual de recomendações baseado em evidências o documento baseado na experiência dos experts se tornou uma importante referência para serviços que se interessam em implantar a “pet terapia”.
Importante salientar que os animais estão cada vez mais presentes no ambiente hospitalar, porém há poucas evidências do papel dos mesmos na transmissão cruzadas de infecções neste ambiente.
O manual aborda três tipos de situações:
               - AAA (Animais em atividades assistidas): pet terapia
               - Pet visita o dono
               -Animais de serviço: utilizados por pacientes com deficiência visual  e auditiva, epilepsia e outros.

Foram avaliadas as políticas de 23 serviços de saúde, destas 20 tinham recomendações específicas sobre as atividades com os animais. A maior parte dos serviços permitem apenas cães e gatos. Os animais, de forma geral, precisam ser vacinados, ter atestado de boa saúde dado por um veterinário, tomar banho um dia antes da visita, vermifugação e controle de pulgas e carrapatos.Na tabela ao lado estão os critérios de exclusão para receber a pet terapia:


Em relação à visita do pet o dono, 13 serviços aceitam a visita do animal de estimação, e na tabela ao lado estão os critérios da visitação: 


E agora o mais importante para nós controladores de infecção, não há na literatura surtos de infecção relacionados à AAA.
Na verdade a literatura é repleta de trabalho que mostram que os AAA ajudam no controle de dor, ajudam na recuperação de pacientes com desordens psicológicas e no controle da HAS. Espero ter ajudado....em um dos hospitais que trabalho acabamos de implantar o programa de pet terapia....e até agora SUCESSO!!! Boa sorte....





quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Importância da Limpeza de Ambiente no Controle de Infecções Hospitalares

Importantes microrganismos causadores de infecções hospitalares possuem a habilidade inata de sobreviver em superfícies por longos períodos de tempo.


Estudos epidemiológicos têm mostrado que os pacientes internados em quartos previamente ocupados por indivíduos com infecção/colonização por MMDR possuem risco significativamente maior de adquiri-los a partir das superfícies.




Fonte: Kramer A, Schwebke I, Kamp G. How long do nosocomial
pathogens persist on inanimate surfaces? A systematic r eview. 
BMC Infect Dis 2006; 6:130.

Evidências apontam que o processo de limpeza nas instituições de saúde tem sido ineficaz, uma vez que não atende aos propósitos ao qual se destina, como a redução dos microrganismos presentes nas superfícies.
Em 2010 o CDC publicou o Guideline de Avaliação de Limpeza de Ambiente. Segundo este guideline os serviços de saúde podem ser classificadas em níveis, de acordo com a avaliação da limpeza que realizam:
·           Nível 1: Quando o treinam o staff para a realização do processo, monitoraram a limpeza visualmente e estabelecem metas.
·           Nível 2: Quando alcançaram o nível 1 e:
§  Monitoram pelo menos 3 vezes ao ano o processo de limpeza com outros métodos de avaliação;
§  Estabelecem metas de melhora dos indicadores de 10 a 20%  ao longo da análise.
Segundo o CDC, a maior parte dos serviços de saúde está no nível 1. Porém, como evidenciado acima é muito importante a introdução de métodos de avaliação dos serviços de limpeza.

 
A avaliação pode ser realizada através de:
· Observação direta
· Realização de swabs;
· Culturas com placas de contato
· Marcadores fluorescentes



Em relação aos marcadores fluorescentes, o que parece ter melhores resultados é o ATP por bioluminescência, porém com vantagens e desvantagens:
· Detecta restos orgânicos viáveis ou não viáveis;
· Utilizado na industria alimentícia há mais de 30 anos;
· Uma de suas limitações é a alta sensibilidade;
· Baixa sensibilidade relativa a alguns patógenos associados a cuidados de saúde precisa ser esclarecida;
· Sensibilidade e especificidade de 57% - margem de erro muito grande para justificar o monitoramento do processo de limpeza de ambiente hospitalar;

O papel da limpeza de ambiente, como medida de controle de infecção hospitalar, nos serviços de saúde, deixou de ser o de coadjuvante para ocupar um posto de destaque. Cabe aos controladores de infecção perceber a mudança e instituir um processo de avaliação continuo.

Bibliografia:
1.      Rev.bras.enferm.vol.67 no.6 Brasília Nov/.Dez. 2014 Epub Dec 2014.
2.      Carling / American Journal of Infection Control 41 (2013) S20-S25.

Texto escrito com colaboração de Lumena Vaz.

Voltei....

Noooooossssaaaaa......quanto tempo! Mais de um ano sem escrever!
Que saudades eu senti!
Mas foi por uma boa razão...meu doutorado!
E agora que ele está mais encaminhado...voltei....e estou super animada.

Aproveito para mostrar alguns assuntos que tenho para vocês:
Pet terapia

- Pet terapia.
- Limpeza de ambiente
- Bundle de acesso venoso periférico.
- Limpeza de endoscópios
- O texto da Cris....rs!





E...vamos lá....